RETINA

O QUE É RETINA?

A retina é a camada interna do olho, formada de tecido nervoso. Ela transforma luz em estímulo nervoso e o envia ao cérebro através do nervo óptico, onde vai ser interpretada a imagem. Pode ser comparada a um filme numa câmera fotográfica antiga ou com o sensor de uma máquina digital moderna. A mácula é parte central e mais nobre da retina, responsável pela visão de cores, detalhes e leitura.

O vítreo é uma substância gelatinosa e transparente que preenche quase todo o espaço intra-ocular. É composto basicamente por água e ácido hialurônico.

O retinólogo é um médico oftalmologista especialista nas doenças da retina e do vítreo.

COMO FUNCIONA O DIAGNÓSTICO?

O diagnóstico é realizado pelo médico oftalmologista através do exame de fundo ocular e exames específicos auxiliares. Algumas doenças que afetam a visão podem ser silenciosas, por isso é importante a consulta regular ao oftalmologista.

COMO É FEITO O TRATAMENTO?

Deslocamento do vítreo

O tratamento é efetuado de acordo com a gravidade e complicações associadas, pode envolver o laser ou a vitrectomia.

Deslocamento de retina

O tratamento do descolamento de retina é cirúrgico. Estatisticamente obtemos sucesso anatômico em 80% a 90% dos casos na primeira operação. Podem ser necessárias reoperações. Se a mácula (área central e mais sensível da retina) for acometida o prognóstico é mais reservado.

Membrana epirretiniana

O tratamento é realizado através do uso de corticoides.

Degeneração macular relacionada à idade (DMRI)

O tratamento depende da fase da doença.

Edema de mácula

O tratamento depende da patologia que está por trás desse sintoma. Pode ser encontrado como complicação de cirurgias e associado a doenças inflamatórias e vasculares sistêmicas.

QUAIS SÃO AS VARIAÇÕES DA DOENÇA?
A separação do vítreo da retina ou descolamento do vítreo é um acontecimento muito frequente, que ocorre principalmente em adultos após os 40 anos de idade e mais precocemente nos pacientes míopes. O aparecimento de moscas volantes no campo de visão e de flashes luminosos devem ser examinados por um oftalmologista, que poderá fazer o diagnóstico correto, suas possíveis complicações e diagnósticos diferenciais. Complicações: roturas (rasgos) da retina, hemorragia.
O descolamento de retina é a separação da retina das camadas mais externas do fundo do olho. É uma grave doença cujo tratamento é complexo e urgente. Quando há um rasgo na retina, o líquido do vítreo infiltra por esse orifício descolando a retina. Os principais sintomas são flashes e pontos flutuantes, sombra ou perda de parte do campo visual com a progressão do descolamento até que até que a parte central – mácula – seja acometida, o que provocará severo comprometimento da acuidade visual. As degenerações periféricas de retina associadas ao trauma e ao descolamento do vítreo atuam como os principais fatores de risco para a ocorrência do descolamento de retina. Outra causa é a formação de fibrose e traços na superfície da retina que ocorrem principalmente em doenças vasculares, como a retinopatia diabética e doenças inflamatórias. Essas degenerações são áreas muito finas, propícias a ocorrência de rasgos. O tratamento do descolamento de retina é cirúrgico. Estatisticamente obtemos sucesso anatômico em 80% a 90% dos casos na primeira operação. Podem ser necessárias reoperações. Se a mácula (área central e mais sensível da retina) for acometida o prognóstico é mais reservado.
A catarata senil é a variação mais comum, que corresponde a cerca de 85% dos diagnósticos da doença. Mais comum entre pacientes com mais de 50 anos, ela surge como uma consequência natural do processo de envelhecimento.
É uma membrana muito fina que se desenvolve na superfície retiniana - sobre a mácula - como uma folha de papel celofane. Essa condição pode ser assintomática. Em alguns casos pode apresentar distorções da imagem – metamorfopsias e/ou baixa de visão.
É uma membrana muito fina que se desenvolve na superfície retiniana - sobre a mácula - como uma folha de papel celofane. Essa condição pode ser assintomática. Em alguns casos pode apresentar distorções da imagem – metamorfopsias e/ou baixa de visão.
A Degeneração Macular Relacionada a Idade é uma doença que acomete a área central da retina, a mácula. Provoca baixa progressiva da visão central e representa uma das principais causas da cegueira legal no mundo ocidental, em faixas etárias superiores a 50 anos. Em seus estágios iniciais, a DMRI é caracterizada pelo transporte lento de nutrientes e resíduos do metabolismo das células da retina, que começam a se acumular entre a retina originando depósitos amarelados chamados de drusas. Trata-se de uma patologia de caráter heredofamiliar e tem com fatores predisponentes como o tabagismo, obesidade e raça caucasiana. A prevenção pode ser feita pela dieta rica em folhas verdes e pobre em gordura associada à suplementação vitamínica (antioxidantes) e luteína.
É um defeito na região central da mácula causando aparecimento de mancha, distorção e baixa da visão central. A causa é a tração do vítrea na região macular.
O edema (inchaço) é o acumulo de líquido (água e proteínas) na região mais importante da visão, a mácula. O edema macular causa importante baixa de visão e o seu tratamento depende da patologia que está por trás desse sintoma. Pode ser encontrado como complicação de cirurgias e associado a doenças inflamatórias e vasculares sistêmicas. Sua cronicidade pode levar a um desarranjo nas células da retina, levando a uma baixa de visão definitiva.
No paciente diabético o excesso de açúcar no sangue (hiperglicemia) provoca alterações nos vasos sanguíneos que, enfraquecidos acabam sangrando e dificultando a circulação. Classificamos a retinopatia diabética em dois grupos principais:

Retinopatia não proliferativa: o paciente pode ter a visão normal, mas existe a possibilidade de ocorrer um vazamento de líquidos através dos vasos danificados. Estes vazamentos contém água e proteína que irão se depositar em placas na retina, formando os chamados exsudatos. Os vasos da retina também podem sangrar e resultar nas hemorragias intra-retinianas. Quando o acumulo de líquido ocorre na região central da retina - chamada de mácula - a visão ficará acometida. O nome dessa condição é edema de mácula.
Retinopatia dia ética proliferativa: ocorre o crescimento de vasos sanguíneos anormais que se estendem pela superfície da retina e que podem invadir o conteúdo gelatinoso do olho, o vítreo. Esses vasos são denominados neovascularização. As paredes desses novos vasos são frágeis facilitando a possibilidade de hemorragias, retinianas e vítreas. Na cicatrização dessas hemorragias, há o aparecimento de um tecido fibroso junto desses neovasos, provocando trações e descolamento da retina. Outras complicações graves do diabetes são o edema macular (maculopatia diabética), a neuropatia óptica diabética e as obstruções dos vasos da retina e glaucoma neovascular. Com isso tudo, os pacientes podem evoluir com acentuada baixa de visão, levando a um um impacto devastador na qualidade de vida deles e dos familiares.
As obstruções dos vasos geralmente acontecem em pessoas que tem hipertensão arterial, diabetes, doenças hematológicas e reumatológicas. Nas obstruções de veias ocorrem vazamento do sangue para a retina. Essas hemorragias podem causar alterações estruturais na retina levando a baixa de visão. Nas obstruções de artérias (infarto da retina) ocorre interrupção imediata da circulação do olho por um coágulo que entope a artéria nutridora da retina. É quadro extremamente grave com perda aguda, severa e irreversível da visão. Trata-se de uma condição que necessita de atendimento em caráter de emergência, pois o tratamento deve ser instituído nas primeiras 2 horas.

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Perguntas frequentes

1. O que é a retina e qual é a sua função?

A retina é a camada sensível à luz localizada na parte posterior do olho. Ela converte a luz que entra no olho em sinais elétricos, que são enviados ao cérebro, permitindo a percepção visual.


2. Quais são as principais doenças que afetam a retina?

– Retinopatia Diabética: afeta pessoas com diabetes, causando danos aos vasos sanguíneos da retina.

– Descolamento de Retina: ocorre quando a retina se separa da parede posterior do olho, podendo levar à perda de visão.

– Degeneração Macular: afeta a mácula, a parte central da retina responsável pela visão detalhada.

– Retinopatia Hipertensiva: relacionada à hipertensão arterial, pode causar alterações nos vasos da retina.


3. Quais são os sintomas de problemas na retina?

– Visão embaçada ou distorcida.

– Presença de “moscas volantes” (pontos ou linhas flutuantes na visão).

– Flashes de luz.

– Perda de visão periférica ou central.

– Sensação de uma cortina ou sombra sobre o campo visual.


4. Quem usa óculos tem menos chance de desenvolver doenças na retina?

O uso de óculos corrige problemas refrativos, como miopia e hipermetropia, mas não previne doenças da retina. No entanto, óculos com proteção contra raios UV podem ajudar a reduzir o risco de algumas condições, como DMRI e catarata precoce.


5. A catarata pode causar problemas na retina?

A catarata em si não afeta diretamente a retina, mas pode dificultar a visualização da retina durante exames oftalmológicos. Além disso, cirurgias de catarata podem, em alguns casos, desencadear problemas na retina, como edema macular.


6. A retinopatia diabética sempre causa perda de visão?

Não necessariamente. No início, a retinopatia diabética pode ser assintomática. No entanto, se não for tratada, pode levar a complicações graves, como edema macular e descolamento de retina, resultando em perda visual significativa.


7. A retinopatia diabética pode ser evitada?

A melhor forma de prevenção é o controle rigoroso do diabetes, mantendo os níveis de glicose, pressão arterial e colesterol sob controle. Consultas regulares ao oftalmologista permitem o diagnóstico precoce e reduzem o risco de complicações.


8. Quem tem histórico familiar de doenças da retina deve se preocupar?

Sim. Algumas doenças da retina, como DMRI e retinopatia diabética, possuem influência genética. Pessoas com histórico familiar devem fazer exames oftalmológicos periódicos para detecção precoce e adoção de medidas preventivas.


9. O que é o mapeamento de retina e por que é importante?

O mapeamento de retina é um exame que avalia toda a extensão da retina, permitindo a detecção precoce de alterações ou doenças. É essencial para identificar problemas antes que se tornem graves.


10. Quem deve realizar o mapeamento de retina?

Pessoas com histórico de diabetes, hipertensão, miopia elevada ou histórico familiar de doenças oculares devem realizar o exame regularmente. Além disso, é recomendado para todos a partir dos 40 anos, mesmo sem sintomas.


11. O que é o descolamento de retina e como é tratado?

O descolamento de retina ocorre quando a retina se separa da parede posterior do olho, podendo levar à perda de visão. O tratamento geralmente é cirúrgico, podendo envolver a aplicação de laser, injeções ou procedimentos mais complexos, dependendo da gravidade.


12. Como posso saber se estou tendo um descolamento de retina?

Os principais sintomas incluem flashes de luz, aumento súbito de “moscas volantes” na visão, manchas escuras ou perda de parte do campo visual. Se notar esses sinais, procure um oftalmologista imediatamente, pois o tratamento precoce pode evitar a perda de visão.


13. O que são “moscas volantes” e quando elas são preocupantes?

“Moscas volantes” são pequenos pontos escuros que parecem flutuar na visão. Elas são comuns e geralmente inofensivas, mas um aumento súbito ou acompanhado de flashes de luz pode indicar um problema mais grave, como um rasgo ou descolamento de retina.


14. Existe prevenção para a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI)?

Embora não seja possível evitar totalmente a DMRI, hábitos saudáveis, como alimentação rica em antioxidantes (folhas verdes e peixes), evitar o tabagismo e o uso de óculos com proteção UV, podem ajudar a reduzir o risco e a progressão da doença.


15. Quais são os fatores de risco para obstruções dos vasos da retina?

Hipertensão arterial, diabetes, colesterol alto, tabagismo, doenças cardíacas e reumatológicas aumentam o risco de obstruções venosas e arteriais na retina, que podem levar à perda súbita e irreversível da visão.


16. O edema de mácula tem cura?

O edema de mácula pode ser tratado, mas a recuperação da visão depende da causa subjacente e da rapidez do diagnóstico. O tratamento pode incluir injeções intraoculares, laser ou medicamentos, dependendo do caso. Se não tratado, pode levar a danos permanentes na visão.


17. Como o clima de Belo Horizonte pode afetar a saúde da minha retina?

Belo Horizonte apresenta um clima predominantemente seco, especialmente durante o inverno, com baixa umidade do ar. Essa condição pode ressecar as superfícies oculares, incluindo a retina, levando a desconfortos como ardência, vermelhidão e sensação de corpo estranho nos olhos. Além disso, a exposição prolongada ao sol intenso pode aumentar o risco de doenças oculares, como a degeneração macular relacionada à idade (DMRI).

Para proteger a saúde ocular em BH, recomenda-se:

– Hidratação adequada: Manter-se bem hidratado ajuda a manter a umidade das superfícies oculares.

– Uso de lubrificantes oculares: Colírios lubrificantes podem ser utilizados para aliviar o ressecamento ocular.

– Proteção contra o sol: Utilizar óculos de sol com proteção UV para reduzir os danos causados pela radiação solar.

– Ambientes climatizados: Evitar ambientes com ar-condicionado por períodos prolongados, pois podem ressecar o ar e, consequentemente, os olhos.

– Consultas regulares: Realizar exames oftalmológicos periódicos para monitorar a saúde ocular e detectar precocemente possíveis alterações na retina.


18. Quando devo procurar um oftalmologista especializado em retina?

É importante consultar um especialista em retina se você notar sintomas como:

– Mudanças súbitas na visão: perda de visão ou visão embaçada de forma repentina.

– Presença de flashes de luz ou manchas escuras: percepção de flashes de luz ou aparecimento de manchas escuras no campo visual.

– Distúrbios no campo visual periférico: sensação de perda de visão nas laterais, como se uma cortina estivesse cobrindo parte do campo visual.

– Histórico de doenças sistêmicas: se você tem diabetes, hipertensão ou outras condições que podem afetar a saúde ocular.

– Idade avançada: pessoas com mais de 55 anos devem estar atentas a alterações na visão.


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